Nove dicas para estudar no exterior | Foto: Goodfreephotos - CCO license
Nove dicas para estudar no exterior | Foto: Goodfreephotos – CCO license
Do genérico ao específico, entenda o que é essencial saber para estudar no exterior. Depois, e só montar seu plano e partir!

Independente da idade ou objetivos, todo mundo tem dúvidas quando começa a pensar em estudar no exterior. Apesar da quantidade de informações sobre o assunto na internet ser imensa, nem sempre encontrar exatamente o que se está buscando é fácil. Isso porque os sites são confusos, os programas têm nomes diferentes do que estamos acostumados e é difícil determinar o que é bom e o que não é tão bacana. Sim, estudar no exterior dá trabalho, mas vale a pena.

Por isso, fique atento às dicas e prepare-se para se tornar um cidadão do mundo!

1. Estudar no exterior é uma experiência válida para qualquer pessoa?
Com certeza! Interessados em conhecer o mundo e se aprofundar por um período de tempo em uma outra cultura podem e devem estudar no exterior. As possibilidades são bem variadas e vão de cursos breves – idiomas, férias – a trabalho voluntário, intercâmbios de High School (ensino médio), graduação e pós-graduação.

2. Há uma idade mínima e uma idade máxima para estudar fora?
De forma alguma. Tudo depende da sua disposição e interesse. Mas é fundamental ter um propósito, um projeto, uma razão para aproveitar bem a experiência. Isso quer dizer que é importante que você ou seus responsáveis (quando o aluno é menor de idade), devem pensar porque estudar no exterior é tão importante, o que se está buscando com essa jornada e que benefícios ela vai trazer para a sua vida.

3. Como escolher o que eu quero fazer e onde quero viver?
Pensando no seu perfil, objetivos e recursos financeiros. Se o seu interesse é um curso de curta duração, a cidade onde vai morar terá um peso muito grande. Afinal, nada melhor do que poder passar um tempo curto estudando em um lugar especial. Mas se vai fazer uma pós-graduação, fatores como a qualidade do curso, linhas de pesquisa e corpo docente serão fundamentais para guiar sua escolha. Por isso pesquise, leia todos os detalhes dos programas, visite as cidades, mesmo que virtualmente. Converse com pessoas que já estudaram nos lugares que escolheu. Assim poderá tomar melhores decisões.

4. Devo programar minha experiência internacional com antecedência?
Minha recomendação é que você comece a se preparar com pelo menos um ano de antecedência, assim terá tempo para analisar todas as possibilidades e escolher com calma. Especialmente se está pensando em passar mais de seis meses fora. As instituições de ensino pedem exames de proficiência de idioma, histórico escolar e cartas de motivação e de recomendação, mesmo para cursos de curta duração. Dependendo da candidatura, é possível que você tenha que fazer outros exames como o GMAT, GRE, SAT e/ou vestibulares locais. Como vai precisar se preparar para isso, ter tempo é fundamental.

5. O meu desempenho acadêmico pode impactar as opções de estudo fora do Brasil?
Embora muitas instituições de ensino olhem para o aluno como um todo, de um modo geral, um currículo com notas altas facilita bastante o processo. É claro que bons resultados nos exames e uma excelente apresentação pessoal (via cartas de motivação e recomendação) compõem a sua candidatura. Mas não adianta querer estudar em uma universidade “top” se o seu desempenho escolar não reflete as exigências do programa que escolheu. Isso não quer dizer que você não é bom o bastante, só que precisa repensar as instituições de ensino. Tenha em mente que há uma infinidade de universidades boas para estudar no exterior. E, adequar o perfil da instituição de ensino com o seu perfil como aluno e como pessoa é o melhor caminho.

6. Devo ter um bom domínio do idioma local antes de partir?
Se você pretende fazer um curso de curta duração mais profissionalizante, um intercâmbio universitário de seis meses ou uma pós-graduação no exterior, a resposta é SIM. Lembre-se que você terá que prestar exames de proficiência no idioma dos seus estudos antes de sair do país. Mas se tudo o que você quer é fazer um curso de idiomas para se desenvolver melhor em outra língua, a resposta é NÃO. No entanto, mesmo nesses casos é recomendável ter uma base no idioma local antes de partir, para poder se virar minimamente quando chegar.

7. A adaptação a um novo país é muito difícil?
Depende da sua disposição e capacidade de se relacionar com o novo. Esteja certo que ao chegar você vai ficar muito ocupado resolvendo a sua vida. Vai viver um encantamento de finalmente ter conseguido realizar seu sonho de estudar fora. Mas com o tempo, vai sentir diferença na forma como as coisas são feitas e resolvidas. Por isso, sua flexibilidade e receptividade ao novo e ao diferente são tão valiosas. Se estiver aberto, sua adaptação à nova vida certamente será mais tranquila.

8. Estudar no exterior é muito caro?
Atualmente com o dólar e o euro em alta, sim, estudar fora é caro. Mas existem opções para todos os bolsos, e muitas oportunidades de bolsas de estudo. Se você escolher uma universidade top em uma cidade grande, a empreitada não será barata. Mas se escolher uma cidade menor, certamente seus custos serão mais razoáveis. Por isso é tão importante adequar seu perfil pessoal às suas intenções e ser flexível.
Às vezes, o momento pode não ser o melhor para levar esse projeto adiante e isso não quer dizer que você nunca poderá viver essa experiência. Fazer uma parte do mestrado ou do doutorado no exterior – programas sanduíche – pode ser a solução para você realizar esse sonho. Ou mesmo uma pós-graduação com bolsa de estudos, dado que a oferta atualmente é enorme. Muitas pessoas optam por fazer cursos de curta duração, especificamente voltados para um interesse pessoal e se desenvolvem muito com isso. Se você se planejar, acontece.

9. Mas afinal, o que eu ganho com essa experiência?
Estudar fora vai expor você a ambientes multiculturais, a pessoas de diferentes origens e a novas formas de fazer as coisas. Você vai aprender a se virar sozinho e vai se tornar uma pessoa mais flexível, mais aberta ao novo, capaz de tomar decisões por conta própria. Isso sem falar no processo intenso de autoconhecimento e de amadurecimento que vai experimentar, não importa a sua idade. É que tudo passa a ser relativo quando percebemos como o mundo é grande e diverso, e as nossas verdades deixam de ser tão absolutas. Bacana, não é?

Andrea Tissenbaum, a Tissen, escreve sobre estudar fora e a experiência internacional. Também oferece assessoria em educação e carreiras internacionais
Entre em contato: tissen@uol.com.br

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