A animada festa de boas vindas de Caio Martinussi na BUas | Foto: Caio Martinussi
A animada festa de boas vindas de Caio Martinussi na BUas | Foto: Caio Martinussi
Dois brasileiros, em diferentes momentos, foram para Breda fazer intercâmbios durante a graduação. As experiências foram incríveis, confira!

Situada no sul da Holanda, na pequena cidade de Breda, a Breda University of Applied Sciences BUas foi criada em 1966 e tem quatro campi. Neles, cerca de sete mil estudantes, vindos de mais de 100 países, convivem harmoniosamente em uma atmosfera totalmente multicultural.

O empreendedorismo está no coração do aprendizado da BUas. Lá, os alunos são incentivados a iniciar seus próprios negócios, desde a graduação. Além disso, as áreas do conhecimento são interligadas e eles têm acesso a diversos temas, conectando assuntos e aprendendo a criar soluções a partir de diferentes perspectivas.

Esse foi o caso de Caio Henrique Martinussi, que se forma este ano em Engenharia, pelo Centro Universitário FEI. Caio tem 23 anos e é de Americana, no interior de São Paulo.  Durante o ensino médio, fez um intercâmbio para a Nova Zelândia, onde passou seis meses. A experiência foi tão boa que ele se apaixonou por viajar, conhecer outras culturas e sair da sua zona de conforto.

No segundo semestre da faculdade, Caio soube que a FEI estava participando do programa Ciência sem Fronteiras e decidiu investir na oportunidade. Em 2014, foi aprovado para estudar na Universidade de Breda, na Holanda. A experiência foi excelente.

Caio Martinussi e o projeto Blokko, que realizou na BUas | Foto: Caio Martinussi
Caio Martinussi e o projeto Blokko, que realizou na BUas | Foto: Caio Martinussi

“A BUas tem uma proposta muito mais prática que teórica, uma abordagem na qual você tem que aplicar tudo o que aprende na faculdade. Minha turma era pequena, meus colegas eram de vários países e o ambiente da universidade como um todo, bem diverso. Eu tinha um sentimento de estar permanentemente acolhido.

Fui estudar Logística e Economia, em uma proposta de curso bem diferente do que havia experimentado no Brasil. Trabalhava em grupo, tinha reuniões semanais com meus professores e pude desenvolver três projetos ao longo do ano que passei lá”, ele explica.

Caio estava muito acostumado a estudar de uma forma bem tradicional. “Na BUas tive que me readaptar totalmente. A universidade só tem uma prova por trimestre, e isso foi um desafio. O programa é bem intenso, as provas são mais descritivas e exigem um tipo de estudo mais específico. Não bastava estudar, tinha que saber explicar o porquê das coisas.

Bruna M. Rangel e sua bike na Universidade de Breda | Foto: Bruna M. Rangel
Bruna M. Rangel e sua bike na Universidade de Breda | Foto: Bruna M. Rangel

A carioca Bruna Mello Rangel, de 22 anos, aluna de Produção Cultural da Universidade Federal Fluminense – UFF, acaba de retornar de um intercâmbio de seis meses na BUas. Foi para lá fazer um curso chamado Creative Business. Ela reforça as mesmas impressões de Caio sobre a universidade.

“A diferença entre a UFF e a Universidade de Breda é enorme e, no começo, isso foi um choque para mim. Em Breda eu tinha todos os equipamentos e recursos de primeira linha necessários para quem estuda produção cultural, como computadores, câmeras, equipamentos de áudio, projetores etc. Isso me permitiu realizar muitas coisas.

Quando cheguei, tive que improvisar bastante. Eu não tinha nenhuma experiência prática, minha faculdade no Brasil é muito teórica. Os primeiros dois meses foram meio complicados, mas recebi muita ajuda. Na BUas, pude realizar diversos projetos em grupo e um deles foi ao ar em um canal local, o Breda Nu. Era um broadcast real dos episódios que criamos. Aliás, trabalhar em grupo é uma característica da universidade e do país”.

 

Bruna M. Rangel gravando para o canal Breda Nu | Foto: Bruna M. Rangel
Bruna M. Rangel gravando para o canal Breda Nu | Foto: Bruna M. Rangel

Apesar de já ter feito dois intercâmbios de curta duração na Alemanha, Bruna levou um tempinho para se adaptar. Esta foi sua primeira vez sozinha por um período mais prolongado e precisou aprender a se virar e a se cuidar.

Caio explica que o intercambio de um ano foi valioso porque, apesar de ter levado três meses para se adaptar, sabia que tinha nove meses pela frente. O tempo prolongado permitiu com que o jovem engenheiro experimentasse de fato a vida na Holanda de uma forma mais intensa.

“A cidade é pequena, o que nos ajudava a conhecer pessoas de outros cursos. Ao longo do ano, fui ficando muito amigo da galera da minha sala e conheci gente de várias partes do mundo. Esse é um dos pontos que mais te ajuda a crescer no intercambio, essa troca abre a cabeça. Pude mostrar o que é o Brasil, nosso estilo de vida e aprender sobre as diferentes formas de viver dos meus colegas.

O ambiente da Universidade de Breda ajuda as pessoas a se relacionarem. A qualidade do ensino é excelente. Eles visam formar um profissional internacional e não apenas para o mercado holandês. Na BUas, eles oferecem dois trimestres para estágio em empresas em qualquer parte do mundo, e as pessoas se formam com experiências de trabalho em dois ou três países. Aproveitei muito os cursos que fiz. Se tivesse feito minha graduação inteira lá, estaria muito mais preparado para enfrentar o mundo da logística internacional que é mais voltada para o business, discutindo coisas reais que eu poderia aplicar”, ele conta.

Bruna se surpreendeu como uma cidade do interior na Europa não deixou nada a desejar. “Breda tem tudo e é muito segura. Eu voltava para casa de bicicleta a qualquer hora do dia ou da noite tranquila. Além disso a universidade é muito internacional. Os alunos interagem em inglês, os cursos são em inglês e os professores estimulam todos a falar em inglês.

O curso demanda bastante e senti uma pressão enorme por conta de todas as provas e trabalhos. Estudei muito e tive que me dedicar, porque o cotidiano era bem puxado e eles são exigentes. “Ralei” para manter minhas notas que sempre foram altas. O padrão de excelência aqui é bem diferente. O aluno internacional precisa se acostumar a se preparar para participar das atividades e dar conta de tudo. É um moto continuo de estudo.

Bruna M. Ragel com amigas da Buas | Foto: Bruna M. Rangel

A vida social na BUas é intensa também. Tem uma central da Erasmus Network (rede estudantil) que sempre organiza eventos, festas e viagens. Também conheci muita gente e viajei com amigos, sempre tinha alguma coisa pra fazer. Morei em um condomínio estudantil arranjado pela própria universidade. Era um quarto privado, e eu dividia o banheiro e o apartamento com outras duas pessoas de quem fiquei muito amiga”, ela conta.

Caio acaba de retornar ao Brasil após um estagio internacional pela AIESEC, organização estudantil internacional que tem por objetivo desenvolver lideranças a partir de treinamentos e intercâmbios. Trabalhou na Alemanha por um ano na DHL. “Estava preparado para assumir esse desafio por conta da experiência na Universidade de Breda. Meu time era de pessoas de diferentes países e eu tinha essa consciência das diferenças culturais. O que aprendi na BUas foi valioso e me ajudou muito a tocar os projetos”, ele reforça.

Bruna não está muito animada para voltar para o Brasil. “Eu queria poder trazer todo mundo da BUas para cá. Recebi visitas do Brasil praticamente todos os meses – família, namorado e amigos estiveram comigo aqui. Eu esperava que as saudades fossem ser piores, achei que ia lidar com a falta de um jeito mais complicado, mas foi tranquilo. Hoje com o WhatsApp e o Skype tudo é bem mais fácil.

Na visão de Caio, o intercambio é uma experiência transformadora. “No meu intercambio em Breda eu mudei muito. Me desenvolvi profissionalmente, minha visão de mundo se ampliou e amadureci demais. A BUas definitivamente me preparou para novos desafios.

Bruna sugere que ao pensar em um intercâmbio é importante escolher um país com o qual você se identifique, para aproveitar ao máximo sua vivência no exterior. “Sempre tive essa vontade de estudar na Europa, de passar um tempo aqui. Já havia estado na Holanda e gostado do país. Mas você também deve valorizar a área que quer estudar, para que o equilíbrio entre o destino e o estudo resulte na melhor experiência possível. No meu caso, a Universidade de Breda dialogava bastante com a minha área de interesse e o meu tempo lá foi sensacional!

Andrea Tissenbaum, a Tissen, escreve sobre estudar fora e a experiência internacional. Também oferece assessoria em educação e carreiras internacionais
Entre em contato: tissen@uol.com.br

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Publipost criado para a Breda University of Applied Sciences. A Tissen só escreve publiposts sobre instituições de ensino e oportunidades nas quais acredita e confia, como a Breda University of Applied Sciences.

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