
Conheça o Imagineering, mestrado da Breda University, na Holanda, onde alunos trabalham em negócios e inovação usando o poder da imaginação.
Esta é uma história curiosa e cheia de sinergia. Os brasileiros Clara e Itamar moravam em cidades diferentes da Europa há mais de um ano, quando decidiram mudar o rumo de suas carreiras e foram estudar na Holanda. Escolheram o Imagineering, programa de mestrado da Breda University of Applied Sciences, no qual alunos aprendem a trabalhar em negócios e inovação de produtos usando o poder da imaginação.
Clara Bianchini tem 35 anos e é de Rio Claro, interior de São Paulo. Veio para a capital aos 17 para estudar e se formou em comunicação social pela PUC-SP em 2007. Seu mestrado na Breda University aconteceu em 2012.

Antes de ir para a Holanda, Clara morou por um ano e meio nas cidades de Brighton e Londres, Inglaterra. Tinha ido estudar Inglês e trabalhava com marketing online em uma empresa de móveis. “Eu tinha um colega de trabalho que fazia compras coletivas para o site da nossa empresa e achava aquilo muito legal. Ele usava a internet para conectar pessoas. Daí eu pensei, quero trabalhar com isso, com esse tipo de inovação colaborativa. A Breda foi o meu próximo passo”, ela conta.
“Achei o mestrado Imagineering da Breda pesquisando cursos de inovação colaborativa. A descrição do programa no site oferecia exatamente o que eu precisava para me realizar profissionalmente. Apesar da estar bem em minha carreira naquele momento, eu queria fazer alguma coisa a mais. Na verdade, eu tinha ido para a Inglaterra em busca de um propósito profissional. Na empresa, conheci pessoas que me mostraram novas formas de trabalhar, que me levaram até a Breda. Hoje eu não tenho nenhuma duvida sobre a minha carreira, faço exatamente o que gosto e sempre vivo novos desafios.

O processo seletivo não foi fácil. Eram 10 candidatos por vaga e, para mim, o mais importante foi a entrevista. Eles me perguntaram qual era o meu plano B caso não conseguisse a vaga na Breda e eu disse a eles que não tinha nenhum. Acho que essa afirmação da minha vontade de estudar lá foi muito importante no meu processo seletivo. Em março de 2010 recebi a confirmação de que tinha sido aceita. Da Inglaterra, avisei minha família que estava me mudando para a Holanda. Não tinha passaporte europeu nem bolsa de estudos. O curso custava em torno de nove mil euros (hoje o valor é de pouco mais de 10 mil) e eu paguei do meu próprio bolso, com o dinheiro que ganhei na Inglaterra”, ela explica.
Clara conseguiu se manter vinculada à empresa de móveis inglesa quando foi para a Holanda. Durante seis meses trabalhou à distância, o que a ajudou muito financeiramente. O custo de vida na cidade de Breda não é muito alto, mas há uma concentração de gastos no aluguel. Ela morou em um student house, uma escola antiga transformada em dormitório estudantil.
“Na minha casa moravam 100 pessoas. Eu tinha o meu próprio quarto, mas dividia a cozinha e o banheiro com quatro pessoas. Aprendi na Holanda uma outra forma de viver. Os holandeses são muito pra frente, o DNA da inovação está na cultura deles. Se uma coisa não está dando certo eles mudam o que é necessário na hora, isso nunca é um problema. Ao contrário, se divertem fazendo isso e transformam pequenas ações em projetos importantes.

Por exemplo, nós tínhamos que ler 25 livros por ano para o curso, o que era bem difícil de fazer. Então os professores dividiram os livros pelo numero de alunos da turma e determinaram que pequenos grupos fariam apresentações dos conteúdos. Conforme caminhávamos com o projeto, eles perceberam que gestores e empreendedores também não tinham tempo para fazer essas leituras, e começaram a convidar esses profissionais para participar das apresentações. O projeto deu tão certo que Breda começou a vender ingressos para que pessoas de fora, que também precisavam desses conteúdos, pudessem ter acesso aos materiais. O dinheiro arrecadado nesses eventos era integralmente usado pelas turmas para compra de experiências educacionais coletivas, como visitar uma empresa ou fazer uma viagem de pesquisa de campo. Participar dessa iniciativa foi sensacional.”
Itamar Olímpio também tem 35 anos e nasceu na cidade de Palmares, Pernambuco. Criado em São Paulo, terminou a graduação em Marketing na Anhembi Morumbi em 2006 e partiu para a Europa. Morou 10 anos fora do Brasil. Inicialmente foi para Dublin, Irlanda, estudar inglês e acabou ficando por lá uns cinco anos. A carreira de Itamar começou em Dublin. Trabalhou em diversas empresas de diferentes ramos e seu ultimo emprego foi na área de marketing e comunicação da Air France. Isso tudo aconteceu antes dele ganhar uma bolsa de estudos para uma pós-graduação na The Hague University.

“Durante a pós na The Hague, me apaixonei pela Holanda e decidi ficar mais um tempo por lá. Fazer um mestrado era um sonho antigo, então comecei a procurar por cursos no país. Me inscrevi em quatro universidades diferentes e fui aceito em três – Breda, Tilburg e Rotterdam.
Breda não foi minha primeira escolha. Quando recebi os convites, optei pelo mestrado em marketing da Rotterdam Business School. Frequentei três semanas de aulas e conferi que a universidade é mesmo excelente. Mas eu queria fazer algo fora da caixa e o curso em Rotterdam era muito tradicional. Então decidi mudar e ir para a Imagineering Academy, na Breda University. Tive que pedir para ser aceito de volta porque já havia declinado o convite deles. Ainda bem que deu certo”, ele afirma.
Itamar também investiu no curso e não se arrepende. É que as melhores bolsas de estudo da instituição são para bacharelado, embora valha a pena conferir as opções atuais no site da instituição.
Além disso, ele optou por morar em Rotterdam, a 35 minutos de trem de Breda. “Esse é um diferencial na Holanda, você pode estudar numa cidade e morar em outra com transporte de qualidade. Não é barato fazer isso, mas é uma possibilidade bem interessante. Como eu já morava em Rotterdam antes de ser aceito em Breda e gosto de cidades maiores, fiquei por lá.
Eu queria uma educação de qualidade, para mim era importante estudar em uma instituição de ensino boa. Optei pela Breda convicto que estava entrando em um curso onde o novo era a palavra de ordem. Acertei na escolha, Breda respira inovação. Todos os cursos têm uma matéria de inovação em sua grade. Além disso, a instituição também tem uma ligação forte com o mercado e parcerias com grandes empresas na Europa, como a Sony, Hilton Hotéis, Samsung, Play Station e outras mais”, explica Itamar.

Breda incentiva os alunos a fazerem networking com as empresas e a aplicar seu conhecimento em estágios nas organizações. O curso de Imagineering é voltado para o estudo de cases reais e solução de problemas. A multidisciplinaridade e a multiculturalidade dos professores e colegas de classe é bem marcante. Vale dizer que o pilar da internacionalização em Breda é muito forte. Para o ano que vem, a universidade tem como meta ter um total de 20% de alunos estrangeiros em todos os seus cursos.
O Imagineering é uma metodologia de inovação para ajudar organizações a resolverem desafios complexos, do presente e do futuro, de forma colaborativa, em um curto espaço de tempo.
O curso inclui uma viagem e o programa preza a experiência prática. “No nosso ano, o destino foi o Brasil e passamos duas semanas aqui para desenvolver um projeto. Também fizemos trabalhos com alunos de outras universidades e de outros cursos. Fomos treinados para trabalhar colaborativamente, em times multidisciplinares. Eu nunca tinha vivido isso antes”, explica Clara.

O programa oferece aulas de psicologia social, antropologia, design, administração, economia, negócios e inovação. A proposta é ajudar os alunos a entenderem para onde estamos indo como sociedade e como as organizações vão se relacionar com a sociedade que teremos em breve. “Hoje eu consigo compreender as transformações que estamos vivendo. Tive um crescimento pessoal e profissional grande nesse curso, que se mantém, continua reverberando. Também me lancei para o empreendedorismo. Os alunos da Breda são muito empreendedores por natureza. Pessoas inquietas, questionadoras e criativas”, complementa Clara.
Em Breda, o power game, situação na qual professores ou gestores são questionados por suas decisões, é muito estimulado. Clara explica que na Holanda há muito diálogo. “Lá isso é visto como uma forma de exercitar o cérebro e poder repensar se nossas decisões são boas ou não. Aqui no Brasil ainda existe muito tabu sobre o tema”. Itamar reforça essa experiência. “Na Holanda o debate e o questionamento são estimulados em todos os níveis. O pensamento crítico e a reflexão são altamente incentivados”.

Segundo os dois brasileiros, Breda não é uma universidade que quer ter muitos alunos. “As turmas são pequenas e a atenção individualizada é um diferencial. Eles querem crescer em diversidade e não em quantidade. Quem estuda na Breda são pessoas apaixonadas pelo que fazem, que apreciam a união e a colaboração. Esse ambiente é muito especial porque você eleva a experiência a um outro nível. Eles procuram pessoas que questionam, lideranças que transformam o mundo, que fazem coisas diferentes. Foi uma experiência tão boa que até hoje mantemos um relacionamento muito estreito com a escola”.
Clara voltou para o Brasil logo que o curso terminou e assumiu um cargo novo, com novas responsabilidades, na agência de publicidade onde trabalhava antes de ir para a Europa. Itamar ficou por lá mais um tempo trabalhando para a segunda maior empresa de games do mundo. “Voltei porque queria empreender e aplicar o que aprendi na Holanda no Brasil, achei que seria um diferencial e acertei”, afirma.
Os dois abriram juntos uma empresa de Imagineering no Brasil, a co-viva, onde fazem laboratórios de inovação para ajudar empresas a prototiparem novos produtos, serviços, criar ou reorganizar culturas organizacionais, processos de trabalho e propósitos. São sócios e, segundo Clara, por terem Júpiter em Saturno, precisam de muita liberdade para trabalhar e criar. Também são professores da Escola Superior de Engenharia e Gestão – ESEG onde lecionam disciplinas de inovação.
Se você ficou interessado e quer saber mais sobre a Breda, o Itamar e a Clara estão disponíveis para conversar. Basta enviar um e-mail para clara@co-viva.com ou itamar@co-viva.com
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Andrea Tissenbaum, a Tissen, escreve sobre estudar fora e a experiência internacional. Também oferece assessoria em educação e carreiras internacionais.
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