Trabalhar no exterior | Carolina Fracaro com seus colegas em Zurich | Foto: Carolina Fracaro
Trabalhar no exterior | Carolina Fracaro com seus colegas em Zurich | Foto: Carolina Fracaro
Giacomo Monaco e Carolina Fracaro, trainees de um programa internacional, contam como a experiência de trabalhar no exterior transformou suas carreiras.

Trabalhar no exterior é uma experiência bastante única. Coloca você em contato direto com outras culturas e amplia os seus horizontes. Permite que você adquira fluência em um outro idioma e que encontre novas formas de se expressar e de se comportar. Faz de você uma pessoa mais flexível, aberta à diversidade e atenta às diferenças.

Mas não é muito fácil trabalhar no exterior. Então, quando esse tipo de oportunidade aparece, vale a pena abraça-la, sem pensar duas vezes.

Foi exatamente isso que Giacomo Monaco e Carolina Fracaro, trainees do programa Global da ABB, companhia global de tecnologias de eletrificação, robótica, automação industrial e elétrica fizeram.

Oriundo de um pequeno vilarejo próximo a cidade de Salerno, no sul da Itália, Giacomo Monaco estudou administração de empresas na Università Luigi Bocconi, em Milão. Especializou-se em finanças e contabilidade. Durante seus estudos foi intercambista em Uppsala, na Suécia, e em Cantão, na China. “Ali dei inicio ao que se tornaria minha jornada internacional”, conta. “Toquei em uma banda, participei de diversos grupos estudantis na universidade e me aproximei o máximo que pude das pessoas. Penso que para conhecer bem a cultura de um lugar você deve participar das atividades locais e eu aproveitei todas as oportunidades que tive para fazer isso. Sim, é verdade que sair de sua zona de conforto é um desafio. No entanto, também é apaixonante. A experiência de mergulhar na vivência de diferentes culturas, ver como as pessoas se relacionam e se encontram é incrível”, reforça.

Quando terminou seus estudos, Giacomo foi trabalhar com auditoria externa e consultoria. “Ao longo de dois anos viajei muito pela Europa e pude ver como várias outras empresas funcionavam. Essa oportunidade foi muito importante para mim. Quando saí da faculdade senti que não sabia fazer muita coisa e esse trabalho ajudou a complementar minha formação”, afirma.

A paixão por uma carreira internacional fisgou Giacomo que, pronto para novos desafios, foi em busca de outras oportunidades. Um anúncio sobre o programa Global Trainee da empresa ABB no portal da Università Bocconi, chamou sua atenção. “Esse programa oferecia a oportunidade de trabalhar por seis meses na Itália, seis meses em Zurich e um ano em um outro país. Parecia um sonho, especialmente porque gosto demais de viajar, então me candidatei. E quando me chamaram para participar do processo seletivo, eu não acreditei. Passei por várias entrevistas sobre minhas habilidades, um trabalho em grupo e uma apresentação em inglês. Mas percebi que minhas competências comportamentais, em particular minha flexibilidade, abertura para diferenças culturais e facilidade de convívio com a diversidade me ajudaram muito no processo. Eu fui aprovado e vivi uma experiência profissional incrível!

Meus colegas de trabalho, de 18 nacionalidades, traziam diferentes visões para cada tema trazido pela empresa. As atividades e os exercícios em grupo me faziam perceber claramente a proximidade entre as culturas, apesar de todas as diferenças. Tive cinco chefes de nacionalidades diferentes, os times na ABB são muito misturados. A empresa é verdadeiramente multicultural e isso é muito rico”, enfatiza Giacomo.

“Quando você embarca em uma experiência desse tipo é exposto a uma diversidade bastante intensa. Tem que ficar atento a todos os detalhes e desenvolve sua inteligência emocional. Em meu trabalho, falo com pessoas de diversos países e tenho que aprender a maneira certa de fazer a informação ser transmitida. Por isso é tão importante entender a cultura local, o jeito certo de dizer as coisas e ser cuidadoso e sensível às diferenças. Não existe uma linguagem universal. Na prática você lida com muitas nacionalidades e diferentes negócios. Se a comunicação não é efetiva, fica difícil. É cada vez mais claro para mim que, para participar de um programa como esses, é preciso ser flexível e facilmente adaptável. Adquirir essas competências é fabuloso, porque elas são ferramentas para a sua vida”, complementa.

Trabalhar no exterior | Foto: Giacomo Monaco
Trabalhar no exterior | Foto: Giacomo Monaco

Na maior parte das vezes, os trainees deste programa retornam ao seu país de origem. Mas Giacomo ficou no Brasil. “Escolhi ficar. O Brasil oferece oportunidades para pessoas com vontade de fazer mais, é um país dinâmico. Estou aqui há cinco anos e me casei com uma brasileira. Hoje tenho 32 anos e estou certo que minha disposição para concluir bem algumas tarefas e estar aberto a novas possibilidades de aprendizado foram essenciais para alavancar minha carreira. Não vou negar que um dos aspectos desse desafio é o desconforto. Mas sei que esse desconforto impulsiona você a ser mais atuante, proativo. Acredito que sempre temos que fazer o nosso melhor, não importa a tarefa. Em minha experiência, se você faz bem o seu trabalho e o comunica da melhor forma, o retorno é imenso”, conclui Giacomo.

Paulistana, 25 anos, Carolina Fracaro também é formada em administração. Fez um intercâmbio de um ano na Inglaterra e na sequencia foi trabalhar em uma empresa brasileira. Por acaso, viu o anúncio da vaga para o programa Global Trainee da ABB. Achou a oportunidade excelente e se candidatou. “A experiência é mesmo muito atraente, especialmente se você quer ter uma vivência profissional mais prolongada fora do Brasil”, explica.

“Durante a entrevista, meu chefe me avisou que seriam dois anos fora de minha zona de conforto. Senti um frio na barriga, um aperto ao pensar se essa experiência seria para mim. Mas percebi rapidamente que a gente se adapta às situações mais diferentes. Hoje certamente sou uma pessoa mais flexível. Trabalhei no Brasil por seis meses e por outros seis na Suíça. Escolhi a Espanha para a minha experiência de um ano. Neste momento estou trabalhando em Madrid,  como trainee de finanças. Meu tempo aqui tem sido muito intenso e proveitoso”, reforça.

Carol conta que os meses que passou na Suíça foram surpreendentes. “Aprendi muito com a organização dos suíços, com sua forma de ser. O ambiente de trabalho é bem diferente do nosso. Eles não compartilham tanto sua vida pessoal e isso muda bastante as relações. São mais diretos, objetivos e, é claro, mais pontuais. Aprendi como é bom você não ter que se justificar quando não pode fazer alguma coisa, uma característica cultural nossa que eu nunca havia notado até trabalhar no exterior. Lá em Zurich, nós éramos 11 trainees de 11 países diferentes. Criamos uma rede que ainda se mantém, estamos sempre em contato”, conta.

Várias razões levaram Carol a escolher a Espanha como destino neste último ano do programa. “Aqui vou me desenvolver mais em minha área de trabalho e aprender espanhol de verdade. Estou na Europa, mas acho que a Espanha não é muito diferente do Brasil em termos culturais. Fiz essa escolha com cuidado, compreendendo meus limites pessoais. Ao longo dos seis meses que passei na Suíça, me aproximei muito de pessoas que vinham de culturas mais quentes. Então, dos 32 países que eu tinha para escolher, a Espanha fez mais sentido para mim.

Este programa oferece uma estrutura excelente para os trainees, é uma oportunidade de aprendizado excepcional. Você compreende de fato o que é diversidade cultural, se torna mais aberto e receptivo às diferenças e se conhece melhor. O desafio é grande e o cotidiano nem sempre é fácil. Há momentos em que me sinto só, fico triste, com saudades de casa. Mas sei que isso é absolutamente normal em uma experiência internacional mais prolongada”, explica.

Carol quer retornar ao Brasil quando seu programa terminar. “Penso que a gente vem para cá para aprender e deve levar esse conhecimento de volta para o Brasil. No entanto, aprendi tanto nestes últimos tempos que se me mandassem para a China eu iria. Seria mais uma experiência para agregar à minha vida, ganhei essa abertura, me tornei uma cidadã do mundo”, conclui.

O diretor de Recursos Humanos da ABB, Wilson Monteiro Junior, acha que todo mundo deveria passar por uma experiência como essa. Para sair da caixa, viver de uma forma diferente e aprender o que é o mundo. “Acho que esse programa é um presente, uma oportunidade que quando aparece, você deve não deve deixar passar. Os ganhos profissionais e pessoais são imensos”, ele afirma.

Para Wilson, a criatividade não surge em ambientes onde todos são iguais. “O desenvolvimento da criatividade e o convívio com a diferença são potencializados por ambientes multiculturais. O programa Global Trainee promove uma cultura verdadeiramente global, que se multiplica nos mais diversos cantos do mundo”, reforça.

Gostou? Então fique ligado nas oportunidades oferecidas pela ABB para você trabalhar no exterior:

> Inscrições para p Programa Global Trainee

> Site da ABB Brasil

> Linkedin da ABB

 Andrea Tissenbaum, a Tissen, escreve sobre estudar fora e a experiência internacional. Também oferece assessoria em educação e carreiras internacionais
Entre em contato: tissen@uol.com.br

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