
Bolsista conta sua experiência no Programa de Liderança para Competitividade Global. Inscrições para bolsas de estudo até 01/08.
Promover uma nova geração de líderes socialmente responsáveis, inovadores e éticos na região ibero-americana, este é o objetivo do Programa de Liderança para Competitividade Global da Universidade de Georgetown (GCL).
Para isso, todos os anos o GLC premia jovens líderes com uma bolsa de estudos integral. São 10 semanas intensas na Universidade de Georgetown, em Washington D.C., com cerca de 40 profissionais de diferentes partes da América Latina.
Interessados devem ter entre 24 e 34 anos, ser latino-americanos, com diploma universitário, bom desempenho acadêmico, proficiência de inglês e no mínimo um ano de experiência profissional. Ao término do programa, devem retornar ao seu país de origem por pelo menos um ano, para aplicar o conhecimento adquirido em desenvolvimento local.
Manuela Milan Perez, a Manu, formada em economia pelo Insper, trabalha com empreendedorismo e impacto social há alguns anos. No início deste ano, ela ganhou uma bolsa e participou do GCL.
“Fiquei sabendo dessa bolsa pelo Instituto Ling, meu irmão me mandou o link. Eu não conhecia o programa, estava pesquisando mestrados no exterior e me encantei com a proposta. O processo durou 6 meses, envolveu uma primeira seleção no Brasil, composta de uma parte escrita e um debate presencial em Porto Alegre, e por fim, uma entrevista individual com a equipe de seleção de Georgetown. Mas no final deu certo”, ela conta.
“O GCL mistura pessoas de diferentes setores (privado, ONGs e governo). Esse tipo de diversidade marcou muito minhas experiências e, no programa, me senti muito à vontade. Estava entre pessoas que, como eu, tinham várias paixões. Meus colegas também eram pessoas inquietas, que buscavam uma forma de atuação profissional com impacto social”, explica.
“O que eu mais gostei no Programa de Liderança para Competitividade foram a interdisciplinaridade e os quatro pilares que trabalhamos: liderança em ação, desenvolvimento e crescimento pessoal, participação em questões regionais mais urgentes e a formação de rede. O GCL questiona muito as bagagens dos participantes. Em vez de ressaltar o lugar do líder como herói, por exemplo, faz a colocação da responsabilidade da liderança: o que você já fez, o que tem pela frente, como valoriza a região em que trabalha”, complementa Manu.
A diversidade do programa fica clara nas experiências dos alunos e suas áreas de atuação profissional nas diferentes regiões. “Meu grupo tinha 36 pessoas de mais de 20 países. Um dos grandes pilares de aprendizado era a troca, a chance de aprender com as pessoas e de confiar nelas. Nós morávamos juntos e fomos aprendendo a confiar um no outro, a expor nossas vulnerabilidades. É muito bom ter gente que te ajuda a pensar estrategicamente na sua carreira e que te dá um feedback bem concreto na sua vida profissional.
Para mim, o Programa de Liderança para Competitividade Global foi um espaço para pensar em tudo que fiz, avaliar e valorizar o que já havia feito e começar a conectar os pontos para poder criar novos formatos. Me ajudou a pensar de uma maneira mais estratégica o que me guiava, o que valorizo nas experiências. E me mostrou como é importante se expor à pessoas com uma experiência completamente diferente da sua, seguir caminhos que não necessariamente estavam no seu radar inicial. A sua ambição aumenta, seus olhos abrem, há uma solidariedade com as outras regiões. Você aprende como funcionam as coisas em outros lugares e passa a pensar de uma forma colaborativa”, diz Manu.
O Programa de Liderança para Competitividade Global inclui aulas, visitas, coaching individual, desenvolvimento de um projeto e troca de experiências com os colegas.
“Nós visitamos organizações internacionais em Washington que tomam decisões que impactam a América Latina e o mundo. Foi muito interessante ver isso de perto em um momento histórico tão emblemático. Quando cheguei, o Trump ia assumir a presidência. Tive a chance de participar da Marcha das Mulheres. Eu era uma latina estudando em Washington, queria viver e entender o que estava acontecendo no país. A cidade fervilha, é cosmopolita, um hub que te conecta com o mundo.
Para mim o Programa de Liderança para Competitividade Global foi uma forma de conclusão. 2016 foi um ano que tirei para me reposicionar. Trabalhei na Endeavor Global e em uma startup do centro de empreendedorismo do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Depois ganhei a bolsa para o GCL e parti para Washington.
Em uma de minhas aulas, aprendi com a palestrante que ao longo da vida as paixões vão ficando mais claras. Mas para isso, temos que buscar a excelência, a transformação e a conectividade em todos os projetos que vamos fazer. “Permita-se ter diferentes interesses e prepare-se bem para o trajeto”, ela disse.
Entendi o que gosto de fazer e o que quero daqui para frente. Eu gosto de conectar pessoas que estão transformando as cidades, gerando impactos positivos. Conectar colegas e organizações pelo globo catalisando colaboração e criando ecossistemas mais fortes, diversos e vibrantes. Hoje estou trabalhando aqui no Brasil como coordenadora de comunidades na monashees, uma empresa de venture capital, que investe em startups de tecnologia na América Latina.
Consegui ter essa clareza por ter podido parar e pensar no que estava me guiando. Para mim esse curso foi uma pausa estratégica, um momento de auto-reflexão, no qual consegui repensar meus valores. Desenvolvi uma visão mais crítica e compreensiva da América Latina, conheci novas ferramentas que vou levar comigo para onde for. Além dos amigos que fiz, para o resto da vida”.
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Andrea Tissenbaum, a Tissen, escreve sobre estudar no exterior e a experiência internacional. Também oferece assessoria em educação e carreiras internacionais.
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