
A fotografia está presente em todos os lugares de nossas vidas. Mas aprender a se expressar nessa linguagem em um curto período pode mudar tudo!
As vezes não é possível estudar fora. Porque o momento não é bom, porque a grana está curta, porque temos os nossos motivos para não realizar essa jornada. Já falei sobre isso em um outro post aqui no blog. Mas isso não é motivo para não correr atrás do que se deseja!
Pois é, eu queria fazer um curso de fotografia. Sonhava em tirar um tempo para fazer isso fora do Brasil mas, por diversas razões, meu plano não decolou. Então resolvi deixar a etapa internacional para um outro momento e me inscrevi em um curso no Instituto Internacional de Fotografia – IIF aqui mesmo, em São Paulo.
E que decisão maravilhosa! Foi uma experiência incrível, de muito aprendizado e de muita diversão.

Minha turma era deliciosamente heterogênea, como disse nossa professora, Adriana Vichi, fotógrafa experiente e talentosa. Éramos nove alunos, de diferentes faixas etárias, cada um com seu propósito. Mas todos tínhamos em comum o desejo de aprender a usar a câmera fotográfica. Para entender os recursos disponíveis e tirar fotos mais bacanas.
Foram seis manhãs e duas tardes de sábado que passaram voando. “Quando há boa conexão entre os participantes e boa interlocução, todos se beneficiam com a troca de experiências. Cada um colabora com sua bagagem. Foi assim com esta turma”, diz Adriana. “Todos conectados, auxiliando uns aos outros. Maravilhados com suas fotografias, com suas conquistas, desejosos de mais, muito mais”, complementa.

Aprendi a usar melhor minha máquina fotográfica. Minha cabeça deu vários nós com o excesso de informações. Era como se eu estivesse aprendendo um novo idioma, em qualquer parte do mundo.
Nas aulas práticas fomos todos expostos aos mesmos lugares. Mas o foco, efeitos e experimentações eram singulares. Cada aluno apresentou um estilo muito próprio, embora as orientações fossem as mesmas. A forma como os temas eram absorvidos e traduzidos em imagens era diferente. E foi exatamente essa diversidade de visões que tornou a experiência tão especial.

Adriana explica: “desejamos fazer belas fotos, aquelas com as quais revivemos sensações e sentimentos, que prendem a atenção de quem as vê. Desejamos nos comunicar e estamos em constante exibição. Capturamos e guardamos generosas porções de tudo que nos cerca nas fotografias. Porém, não basta só olhar passivamente. Precisamos ver além, nos relacionar com as imagens, interpretar. Fotografia não é somente técnica e tecnologia. Fotografia é criação, é ação. Fotografia começa de dentro, nas vísceras. Um processo cerebral ativo, repleto de perguntas (o que? porque? como?) e escolhas (tecnológicas, técnicas, estéticas, ideológicas)”.
Aprendi que gosto de fotografar pessoas. Fez sentido para mim. Rostos, expressões, coloridos, roupas, contam uma história, falam sobre cada indivíduo. As vezes traduzem uma cultura. Outras vezes nos fazem imaginar.

Nosso grupo foi ficando próximo. Acho que a delicadeza do olhar aproximou as pessoas. Estou certa que a sensibilidade de nossa professora também contribuiu muito para isso. “Ensinar fotografia é conectar todas as pontas dessa Rosa dos Ventos. E essa conexão, em sala de aula, acontece principalmente quando vemos fotografias e conversamos sobre elas. Analisar as fotos dos grandes mestres, dos alunos, ouvir a percepção de cada um, viajar com a interpretação de cada um. Isso sim é transformador”, diz Adriana.
“Para mim, é um grande prazer lecionar fotografia: conhecer novas pessoas, suas histórias e interesses. Acompanhar cada descoberta. Em que momento seus olhos brilham, suas testam franzem. O que faz sentido, o que gera dúvida, o que é difícil, o que é maravilhoso. É uma relação de muita proximidade. A responsabilidade da formação está presente o tempo todo. Conduzir cada indivíduo e o grupo de um ponto de partida até um novo lugar de conhecimento ampliado, de autonomia com seu equipamento. De encontro com a técnica, a estética e a sensibilidade”, complementa.

Ao final do curso, tive o prazer de conversar com Danilo Russo, fundador do IIF. Danilo é um simpático fotógrafo italiano que veio morar no Brasil há 17 anos. Apaixonou-se por nossa cultura, pelo jeito brasileiro de ser. Trabalhou com fotografia por alguns anos em diversos estados do país. E quando foi convidado para dar um curso em uma escola técnica de fotografia, apaixonou-se de novo. Desta vez pelo ofício de professor.
“Todo mundo fica preocupado com a técnica quando começa, mas isso é como aprender a dirigir, é uma coisa que se supera. A nossa cultura é analfabeta visual. As pessoas fotografam mas não sabem o que estão transmitindo. O que é importante é saber transmitir uma mensagem, saber o que faz uma foto suave, alegre ou triste. Chamamos isso de cultura imagética, saber usar a leitura inconsciente que todo ser humano faz de uma imagem de uma forma consciente. As mensagens imagéticas são criadas a partir de uma composição, da direção da luz, das linhas que dão movimento a uma imagem. São componentes da fotografia, como é a sintaxe. E nós usamos esses componentes para contar a história daquilo que estamos vendo”, ele explica.
Para quem quer contar boas histórias sobre suas viagens ou sobre seu cotidiano, em qualquer parte do mundo, uma experiência como esta certamente ajuda a aprimorar a sensibilidade e a captar com mais precisão o que as palavras não podem contar.

Sobre o IIF
O IIF foi idealizado e fundado em 2009 pelo fotógrafo de moda Danilo Russo. Há oito anos oferece cursos e workshops de fotografia em São Paulo para profissionais e amadores. A escola também oferece cursos online que colocam seu expertise ao alcance de todos que querem estudar fotografia digital.
Além dos cursos, o IIF TV, canal gratuito da escola, oferece vídeos com diversos fotógrafos profissionais e experientes. A Photomag, revista eletrônica, disponibiliza matérias, dicas gratuitas de fotografia e novidades para fotógrafos.
O IIF busca sempre trazer informações relevantes para o universo da fotografia, e se destaca entre as melhores escolas do Brasil.