Graduação - Ciência sem Fronteiras | Crédito: divulgação
Graduação – Ciência sem Fronteiras | Crédito: divulgação
Novo formato do programa planeja bolsas para o ensino médio e exclui as bolsas para intercâmbio de graduação. Benefícios para pós-graduação são mantidos.

Tanto as bolsas em andamento quanto os editais abertos para pós-graduação e doutorado sanduíche serão mantidos. Mendonça Filho insistiu que a decisão não significa o fim do programa – que, além de ampliar a oferta para Pós-Graduação, também pretende expandir sua atuação para o Ensino Médio, ofertando bolsas de intercâmbio a estudantes pobres e de escolas públicas.

As propostas ainda serão levadas ao presidente em exercício Michel Temer e quaisquer novos editais ainda dependem de disponibilidade orçamentária. Simultaneamente, há um projeto de lei em andamento no congresso para regulamentar o programa.

O ministro explicou que os custos elevados do Ciência Sem Fronteiras pesaram na decisão: “(Um intercâmbio de graduação no exterior) equivale a financiar um curso integral de quatro anos no Brasil, ao preço médio que o MEC paga no ProUni ou no FIES, para três alunos”, argumentou. Outras controvérsias sobre o programa também foram apontadas: “O programa está parado desde 2015, ainda na gestão anterior. Não tem avaliação de impacto, as matérias que os alunos fazem muitas vezes não são incorporadas à grade curricular daqui”, critica o ministro.

Mercadante sai em defesa do programa
O ex-senador Aloizio Mercadante, um dos responsáveis pela implementação do Programa enquanto Ministro da Ciência e Tecnologia do governo Dilma, criticou a suspensão do programa. Segundo ele, o Ciência Sem Fronteiras deu oportunidades a estudantes de baixa renda a estudarem no exterior e posicionou o Brasil no cenário internacional de educação superior. Segundo dados citados por ele, dois terços dos beneficiários do programa foram de famílias com renda abaixo de 10 salários mínimos “[São jovens que] Nunca tiveram esta oportunidade, e foram selecionados também por seus méritos, pelo desempenho no ENEM”, afirmou ao jornal O Globo.

Mercadante defende que, se o programa passa por problemas, ele pode ser aprimorado. Números divulgados pelo Institute of International Education mostram que houve um aumento de 170% no número de brasileiros que foram estudar fora – tendência de crescimento que se manteve mesmo após o congelamento dos editais, em 2014. Atualmente, o Brasil é o sexto maior “exportador” de estudantes para os Estados Unidos, com cerca de 24 mil estudantes por ano.

Este post foi publicado pelo Estudar Fora em 25/07/2016.

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