Foto: Danilo Moraes
Foto: Danilo Moraes
A escola de inovação digital foca em desenvolver o pensamento criativo. Conheça a experiência Hyper Island de Caio e Rafael.

Começar uma conversa não custa nada. Uma conversa não tem dono, dá possibilidades a qualquer um e produz interação. Entre duas ou mais pessoas. Tudo vai depender de como a conversa acontece. 

Caio e Rafael são dois publicitários que aprenderam muito sobre o poder de uma conversa durante o tempo que passaram na Hyper Island. É que a escola sueca de inovação digital, tem foco no desenvolvimento do pensamento criativo.

Rafael, paulistano de 25 anos, trabalha como diretor de arte em uma agencia. Há três anos, em um momento de insatisfação, teve a sensação que precisava aprender mais. Decidiu viajar. Em suas pesquisas descobriu a Hyper Island, uma escola diferente em um país nórdico. “Achei a ideia do frio de Estocolmo ótima. Sem distrações, sabia que ia trabalhar”. Chegou lá sem conhecer ninguém. Mas logo começou a estudar e a interagir com os muitos alunos estrangeiros que circulam pela escola.

Não sabia exatamente como a experiência seria. Rapidamente percebeu que tudo era muito diferente do que esperava. “Não tinha um professor na sala de aula. E eu fiquei pensando como ia aprender alguma coisa ali”, ele conta. Os alunos tinham as mais diversas habilidades e as turmas, um facilitador que ensinava os métodos da escola. “A Hyper Island é um lugar onde você aprende a aprender sozinho. E a usar os recursos que estão a sua volta ou a buscar os que não estão”, explica Rafael.

A escola é voltada para tecnologias e mídias digitais. Rafael fez o curso de Direção de Arte Interativa. Estudou por um ano e trabalhou por mais seis meses em uma agencia local. O  visto permitia que ele fizesse um estágio.

“Estocolmo é o oposto de São Paulo. Tudo fecha muito cedo, é muito frio e as relações entre as pessoas nada parecidas com as que temos aqui no Brasil. As coisas são combinadas e marcadas, nada acontece em cima da hora”. Teve que se virar para evoluir no inglês, mas pode contar com ajuda. “Os suecos tem por premissa não corrigir as pessoas quando elas falam errado, por educação. Mas quando alguém pede a eles para ser ajudado, ganha um professor para a vida toda”, conta Rafael.

Aprendeu muito durante o seu tempo em um país que é tão distante do Brasil. Aprendeu a lidar com as pessoas no trabalho, a ser pontual, a conversar e a dar feedback. Aprendeu a trabalhar em equipe, a aproveitar todos os recursos que lhe são oferecidos. E a buscar os que não são. Durante o tempo em que trabalhou na agencia, fazia dupla com um inglês e aplicava os aprendizados da escola nos projetos que desenvolviam.

Baiano, 28 anos, Caio trabalha como redator em uma agencia. Foi para a Hyper Island de Estocolmo estudar mídias digitais, um curso de quase dois anos.

“Sou muito incomodado com as coisas. Saí de Salvador onde estudava engenharia para vir para São Paulo estudar comunicação. Eu estava sempre procurando alguma coisa que não encontrava”, conta Caio.

Foi parar no lugar certo. A escola ensinou a ele que o que ele estava buscando estava dentro dele. “O lugar que eu estava procurando, do jeito que eu tinha imaginado, não existia. A Hyper Island tem um sistema muito diferente. E o conceito de processo educativo, como eu conhecia, foi totalmente desconstruído”, explica.

Compreender o sistema da escola não foi fácil para Caio. “Até que a ficha caiu. Questões eram colocadas e as soluções eram apresentadas a partir do trabalho de um grupo diverso. Mas curiosamente complementar. O grupo tem um papel importante no seu desenvolvimento. Você fica cuidadosamente ‘solto’ e percebe que o facilitador está sempre presente”, ele explica.

Na escola os alunos são permanentemente desafiados. As dinâmicas são as mais diversas e a pergunta mais frequente é o que você acha? “Ao longo do tempo você se sente mais capacitado como pessoa, tem menos medo de correr riscos”, conta Caio.

Para Rafael o diferencial da Hyper Island foi aprender a aprender. Para Caio, a possibilidade de compreender que ele pode ser ele mesmo onde for.

Rafael e Caio se conheceram na Hyper Island de Estocolmo. Durante o seu tempo por lá desenvolveram alguns projetos juntos. Ou, como eles dizem, começaram algumas conversas, em parceria com sua amiga Sueca, a Linn, que merecem ser conhecidas.

Aprenderam a caminhar com as próprias pernas, a se virar para “começar conversas” em uma outra cultura. Se desenvolveram como indivíduos e como profissionais. De volta ao Brasil, continuam criando projetos inusitados que certamente estão mexendo com a cabeça das pessoas.

Para saber mais sobre a Hyper Island, visite o site da escola.

> Leia mais: Hyper Island, uma escola “fora da caixa”

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